terça-feira, 22 de junho de 2010

A vida urbana no século XVI - Lisboa quinhentista

A vida urbana no século XVI - Lisboa quinhentista

A chegada à India e ao Brasil

O arranque da expansão portuguesa

A crise de 1383-1385

O Romance de Pedro e Inês

O Romance de Pedro e Inês

Inês de Castro era filha natural de Pedro Fernandes de Castro, mordomo-mo do rei Afonso XI de Castela, e de uma dama portuguesa.
Em 24 de Agosto de 1339 teve lugar o casamento do príncipe Pedro, herdeiro do trono português com Constança Manuel. Inês de Castro seria uma das aias de Constança, D. Inês de Castro, por quem D. Pedro viria a apaixonar-se. Este romance começou a ser comentado e mal aceite na corte e pelo próprio povo.
Sob o pretexto da moralidade, D. Afonso IV (pai de D. Pedro) não aprovava esta relação, não só por motivos de diplomacia. Em 1344 o rei mandou exilar Inês no castelo de Albuquerque, na fronteira castelhana. No entanto, a distância não teria apagado o amor entre Pedro e Inês que, segundo a lenda, continuavam a corresponder-se com frequência. Em Outubro do ano seguinte, Constança morreu ao dar à luz o futuro rei Fernando I de Portugal. Viúvo, Pedro mandou Inês regressar do exílio e os dois foram viver juntos em sua casa, o que provocou grande escândalo na corte, para enorme desgosto de El-Rei seu pai. Começou então uma desavença entre o rei e o infante. D. Afonso IV tentou remediar a situação casando novamente o seu filho com uma dama de sangue real. Mas Pedro rejeitou este projecto, alegando que sentia ainda muito a perda de sua mulher Constança e que não conseguia ainda pensar num novo casamento. No entanto, fruto dos seus amores, Inês foi tendo filhos de D. Pedro I.
Depois de alguns anos a viver no norte de Portugal, Pedro e Inês tinham regressado a Coimbra e se instalado no Paço de Santa Clara. Mandado construir pela avó de Pedro, a Rainha Santa Isabel, foi neste paço que esta rainha vivera os últimos anos, deixando expresso o desejo que se tornasse na habitação exclusiva de reis e príncipes seus descendentes, com as suas esposas legítimas.
Havia boatos de que o príncipe se tinha casado secretamente com Inês. Na família real, um incidente deste tipo assumia graves implicações políticas. O rei D. Afonso IV decidiu que a melhor solução seria matar a dama galega. Na tentativa de saber a verdade, o rei ordenou dois conselheiros seus dizerem a Pedro que ele podia se casar livremente com Inês se assim o pretendesse. D. Pedro percebeu que se tratava de uma cilada e respondeu que não pensava casar-se com Inês.
A 7 de Janeiro de 1355, o rei cedeu às pressões dos seus conselheiros e do povo e, aproveitando a ausência de Pedro numa excursão de caça, enviou Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco para matarem Inês de Castro em Santa Clara. Segundo a lenda, as lágrimas derramadas no rio Mondego pela morte de Inês teriam criado a Fonte dos Amores da Quinta das Lágrimas, e o seu sangue derramado ainda hoje permanece na fonte.

Trabalho elaborado por: Lara Fernandes do 5ºA

A Padeira de Aljubarrota

A Padeira de Aljubarrota

Brites de Almeida, mais conhecida pela padeira de Aljubarrota, pensa-se que terá nascido em Faro em 1350. Mulher destemida e valente, depois de altos e baixos na sua vida, Brites fixou-se em Aljubarrota onde se tornou dona de uma padaria.
Encontrava neste local quando houve uma batalha entre portugueses e castelhanos. Derrotados os invasores pelos valentes guerreiros portugueses, sete deles fugiram do campo de batalha e tentaram esconder-se. Entraram na padaria que estava com a porta aberta, isto porque todo o povo tinha vindo para a rua para defender o que era seu. Quando Brites voltou para a padaria, percebeu que as coisas não estavam como ela tinha deixado. Depois de procurar, encontrou sete castelhanos encolhidos, escondidos dentro do forno. Munida da sua pá de padeira, acabou com a vida dos inimigos. Não satisfeita juntou-se a outras mulheres valentes que estavam na rua a lutar e com ferramentas caseiras todas elas correram com quem puderam dali para fora.
Ficou assim conhecida como a padeira de Aljubarrota por ser determinada e pelo seu carácter valente. Por isso ainda hoje, no símbolo daquela localidade, está uma pá de padeira em gratidão pelo seu feito. Para sempre será conhecida pela sua valentia.